sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Mensagem do último domingo de Pentecostes



O amor e a vida eterna

Último Domingo de Pentecostes • Ano A • Próprio 29 • 23/11/14 
Ez 34.11-17; Sl 95.1-7; 1 Cor 15.20-28; Mt 25.31-46


Jesus ensinou que o Reino de Deus não é um reino de poder, mas de serviço. Ele disse: “O filho do Homem não veio para ser servido. Ele veio para servir” (Mt 20.28). Esse é o critério do juízo derradeiro. Assim, podemos dizer que entrar no reino, na vida definitiva, na vida eterna, supõe que o discípulo tenha seguido os passos do mestre a serviço de todos e em especial dos mais necessitados.
Diz o texto do Evangelho deste domingo que

"Quando o Filho do Homem vier na sua glória, acompanhado de todos os anjos, então se assentará em seu trono glorioso. Todos os povos da terra serão reunidos diante dele, e ele separará uns dos outros, assim como o pastor separa as ovelhas dos cabritos. E colocará as ovelhas à sua direita, e os cabritos à sua esquerda. Então o Rei dirá aos que estiverem à sua direita: ‘Venham vocês, que são abençoados por meu Pai. Recebam como herança o Reino que meu Pai lhes preparou desde a criação do mundo. Pois eu estava com fome, e vocês me deram de comer; eu estava com sede, e me deram de beber; eu era estrangeiro, e me receberam em sua casa; eu estava sem roupa, e me vestiram; eu estava doente, e cuidaram de mim; eu estava na prisão, e vocês foram me visitar’. Então os justos lhe perguntarão: ‘Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer, com sede e te demos de beber? Quando foi que te vimos como estrangeiro e te recebemos em casa, e sem roupa e te vestimos? Quando foi que te vimos doente ou preso, e fomos te visitar?’ Então o Rei lhes responderá: ‘Eu garanto a vocês: todas as vezes que vocês fizeram isso a um dos menores de meus irmãos, foi a mim que o fizeram.’ Depois o Rei dirá aos que estiverem à sua esquerda: ‘Afastem-se de mim, malditos. Vão para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos. Porque eu estava com fome, e vocês não me deram de comer; eu estava com sede, e não me deram de beber; eu era estrangeiro, e vocês não me receberam em casa; eu estava sem roupa, e não me vestiram; eu estava doente e na prisão, e vocês não me foram visitar’. 44 Também estes responderão: ‘Senhor, quando foi que te vimos com fome, ou com sede, como estrangeiro, ou sem roupa, doente ou preso, e não te servimos?’ Então o Rei responderá a esses: ‘Eu garanto a vocês: todas as vezes que vocês não fizeram isso a um desses pequeninos, foi a mim que não o fizeram’. Portanto, estes irão para o castigo eterno, enquanto os justos irão para a vida eterna.”

Esta é a única cena dos Evangelhos que mostra qual será o conteúdo do juízo final. E Jesus está nos dizendo que “o critério para obter o reino definitivo, que equivale à vida eterna, é constituído pela atitude de ajuda às pessoas e de solidariedade com os que precisam de ajuda. É a mesma coisa que expressara para o jovem rico por ocasião de sua pergunta (Mt 19.16-19)” [Juan Mateos & Fernando Camacho].
Nossas vidas são vocacionadas para a vida eterna. E vida eterna não é só vida futura, depois da nossa morte. Ela é eterna porque vale para todos os tempos, também o presente. As exigências do Reino levam hoje a viver nossas vidas plenamente e a levar plenitude de vida a todos: dar de comer, de beber etc. Esses gestos devem expressar a graça que Deus nos fez de sua própria vida. Como nos diz Gustavo Guttièrrez: “No serviço ao pobre servimos o Cristo de nossa fé, na solidariedade com os mais necessitados reconhecemos a humilde realeza do Filho do Homem.Não há outra forma de receber o Reino como herança, o face a face definitivo com o Senhor”. Dom Sumio Takatsu, em seu comentário a essa porção do evangelho, disse: “É interessante observar que o Filho do Homem em sua majestade está oculto nos pequeninos, nos humilhados e necessitados (v. 40, 45)”.
Quando somos solidários e nos compadecemos com o sofrimento do outro, ali vemos o rosto do Cristo crucificado e nos aproximamos da plenitude da vida. Ali já está presente a vida eterna e o juízo final. Que O Senhor nos abençoe e nos fortaleça na caminhada do Reino de amor e justiça!

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